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| Foto: Camila Passos |
“Se aliste, meu camarada. A gente vai salvar o nosso carnaval!”
Dia 19 de fevereiro, Centro Cultural São Paulo, Sala Adoniran Barbosa cheia.
Cheia de corações que foram recrutados, que foram atraídos por uma voz encantadora, que promete libertar o carnaval que existe em cada um de nós.
A comandante (dona dessa voz) se apresenta para o embate, a sua missão é a de provocar um carnaval no coração e na alma dos seus recrutados. Ela entra, está em casa, está à vontade, não existe ambiente melhor para que sua missão seja cumprida, do que o palco!
Ela usa das armas mais letais na sua missão. Ela vem, com sorriso e coração abertos, olhos brilhando e uma voz... Uma voz inexplicável, uma voz que atravessa a alma de quem a ouve e que provoca nossos sentimentos.
Ela se posiciona, trás pra perto de si seu parceiro, seu braço direito nessa missão, aquele que fará sua voz chegar mais longe. Respira fundo, e nessa união linda e harmoniosa de voz, alma, coração e paixão um ordem é dada, e invade cada um de nós, e não temos mais como nos conter. Ela salvou nosso carnaval, daí pra frente o sorriso dela se multiplica e adota cada boca daquele ambiente como sua, as almas se iluminam, e as vozes, em uníssono, celebram a alegria que é viver!
“Se aliste, meu camarada. A gente vai salvar o nosso carnaval!”
Quem sabe isso quer dizer amor. Eu afirmo, isso é amor, foi amor que invadiu aqueles corações naquela hora.
Nos olhos de cada um havia uma constelação, sonho e poder. Luzes chamando nossos corações, e então, vários decretos de Feriado Pessoal aconteceram.
Na cabeça vinham aqueles versos, sobre esse novo universo pra onde ela nos levou. A alegria nos arrebata, e o ambiente se encheu de cores.
Essa menina é mesmo diferente, fala com a gente usando seu olhar. Nos fez pensar apenas em festas, quintais. A comandante nos proporcionou sonhos e planos e muitos carnavais!
Nos deixamos levar, soltamos nossas próprias emoções, aquelas que queríamos ter e não podíamos mais conter.
Nascemos de novo, naquele momento parecia que não sabíamos nada. Ela fez com que desejássemos uma viagem só de ida. Um carnaval eterno.
Se eu tivesse mais alma pra dar, aaah, eu daria, porque isso, isso é viver! Cada um de nós usou daquelas palavras cantadas um combustível para o coração, abrimos sorrisos largos, mergulhamos em lagos. Nos perdemos nessa festa, mas ela, a comandante, nos dava a mão, cuidava do seu batalhão.
A comandante é fera, ferida, já salvou carnavais antes, escapou com vida!
As vezes é difícil entender, não sabemos bem como proceder. Ela usa da sua luz, seu amor e seu talento para nos envolver, é alquimia de compositor, é novo tempo em nossos corações.
Não sei como até hoje não conseguíamos enxergar, como pode tanto carnaval escondido?
É a vingança! E eu gostei tanto dessa revolução no meu ser.
Batalha travada, batalha vencida, carnavais livres, leves e soltos, gargalhadas para todos os lados, ninguém revivendo dramas, mexendo e remexendo nas feridas, queríamos mais era gargalhar!
Aquela criatura nos pegou, nos entregamos e fomos! Ela evolui, ela nos inclui, e tudo isso usando um sorriso largo, uma simpatia estampada no rosto.
Carnavais salvos, almas lavadas, que saem cantantes, felizes, que desaprenderam a se conter, e ainda sim agradecem.
Obrigada Comandante Bruna Caram por salvar sorrisos, almas, verdades, paixões e vontades. Aguardamos ansiosamente a próxima convocação.
E enquanto ela não vem, vamos por aí, salvando nossos e outros carnavais!
Texto: Carol Balza
